segunda-feira, 18 de abril de 2011
Quando há um desastre e, dependendo da sua intensidade, o prefeito ou o governador pode decretar situação de emergência ou estado de calamidade pública. A situação das drogas em nosso país é tão alarmante que poderia se dizer que já vivemos um estado de calamidade pública, pois o impacto já é tal que tem causado danos a comunidade e à vida de seus integrantes!
Em nossa cidade não é diferente. Impressiona-nos a quantidade de adolescentes e jovens, em número crescente, que têm “caído nessa areia movediça”, pois vão afundando sem perceber e quando querem sair é muito difícil e não conseguem sozinho. Sem dúvida é uma coisa do mal como eles mesmos dizem: “chupetinnha do capeta” se referindo à maconha e “chifre ralado” se referindo à cocaína!
De forma geral podemos dizer que a grande maioria dos jovens entra nesse caminho por influência de amigos, para ser aceito em um grupo, para fazer coisas que não conseguem de “cara limpa”, por exibição ou buscando “altas emoções”. Porém se olharmos mais de perto a questão podemos dizer que por trás de todos estes o grande problema está na FAMÍLIA!
Se nossas famílias fossem um verdadeiro ninho de amor, se as crianças crescessem vendo os pais se amarem e sentissem esse amor, se as demonstrações de afeto e carinho fossem uma constante, se os pais não fossem tão permissivos lhes dando liberdade precoce, se elas aprendessem desde cedo o sentido da autoridade, a importância do limite e conhecessem a Palavra de Deus, dificilmente entrariam nesse caminho de morte!
Existe o amor afetivo e o efetivo. Este, também importante, que é o suprir as necessidades materiais, como roupa, comida, educação,etc. mas sem o outro se torna ineficiente. O amor afetivo é o diálogo, afeto, carinho, a convivência familiar. Por isso dizemos que na maioria das vezes o uso das drogas é uma compensação. A carência deixada por essa “frieza” em casa tem que ser preenchida, e aí que entra as drogas!
Famílias ou fam ‘ilhas’? Muitas vezes corremos o risco de nossas casas serem arquipélagos, conjunto de ilhas próximas entre si, cada um no seu canto, sem muito envolvimento ou diálogo. E nisso consiste o grande erro de muitos pais, nunca conversam com seus filhos e quando eles chegam à adolescência e começam suas rebeldias querem começar esse diálogo. Pode ser tarde demais...
A tecnologia tão benéfica pode funcionar também como uma grande vilã. Você que está lendo esse artigo há de convir que a TV e a internet muitas vezes nos fazem cada vez mais “ilhas”. Às vezes os pais passam muito tempo diante da TV e os jovens na internet conversando horas. Porém raramente se olhem nos olhos e têm diálogos necessários e carinhosos.
Certa vez em uma Paróquia na França o padre propôs aos seus fiéis a “semana sem TV” onde cada dia da semana teria uma atividade em família e no domingo seguinte encerrariam com um encontro o dia todo na Igreja. Neste dia já findando as atividades foi solicitado que uma criança fizesse uma oração e para a comoção de todos assim ela orou:
“Senhor Deus queria ser uma televisão, quem sabe assim meus pais me dariam mais atenção”!
Certa ocasião fui procurado por uma mãe desesperada pelo filho que estava afundado até o pescoço nessa areia movediça do crack e após ouvi-la eis que olhando nos meus olhos como quem esperasse uma resposta para amenizar sua dor me pergunta: Onde foi que eu errei? Nem preciso dizer após tudo que escrevi acima!
Tenhamos família mais unidas para não termos que fazer essa mesma pergunta um dia!!Buscar orientações com profissionais especializados e pessoas que trabalham com a questão pode ajudar muito nesse caminho de recomeçar. Deus é capaz de fazer tudo novo, mas nós precisamos dar os passos!!!
Contato: leonardopmarins@hotmail.com
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