segunda-feira, 27 de abril de 2009
Namorados que nasceram para ser amigos!
Namoros não são muletas para evitar solidão Muitos namoros, por terem assumido propósitos diferentes, não conseguem fluir ou atingir o amadurecimento que deveriam ao longo dos anos, conforme o desejado. Talvez, sem perceber ou por falta de coragem em admitir a insatisfação diante do outro, alguns casais, no tempo em que estão juntos, limitam-se a poucas palavras ou até mesmo mal manifestam interesse pelo outro. A insatisfação gera descontentamento e este pode ser refletido nas atitudes de grosseria, rispidez nas palavras e até de isolamento por parte dessas pessoas que não conseguem se encontrar no relacionamento. Quando isso acontece, como se costuma dizer, quem “paga o pato” são as pessoas mais próximas, neste caso: familiares e amigos. Diante de alguma dificuldade ou quando os nossos projetos não estão se desenvolvendo como gostaríamos, pouco a pouco, a falta de estímulo e o ardor para assumir novas atitudes desaparece. Pode-se até admitir que foi diferente a maneira como se iniciou o relacionamento ou que a pessoa não seja tão romântico(a) como se gostaria que ele(a) fosse. Quando os namoros começam a patinar, entrando numa rotina sem progresso, muitos acabam se limitando à superficialidade de uma amizade. Muitas vezes, seja por comodismo ou por alguma liberdade que se acredita ter adquirido no convívio, os namorados podem correr o risco de preferir continuar arrastando o relacionamento em vez de definir a situação, mesmo que os sinais vitais deste indiquem “falências múltiplas”. Ainda que os casais se esforcem em simular uma alegria com este relacionamento, o olhar contesta com a falta do brilho de vigor. A situação se agrava ainda mais quando ambos caem na tentação de buscar a frieza do isolamento, evitando partilhar com alguém que possa oferecer ajuda sensata sobre aquilo que estão vivendo. Talvez a falta de coragem para definir o rompimento dessa relação débil é adiada pelo medo de não encontrarem outra pessoa por quem possam novamente se apaixonar. Infelizmente, muitas pessoas tentando remediar a situação – e por julgarem que o sexo poderia mudar alguma coisa na relação –, acabam se complicando ainda mais com uma gravidez. Se o namoro já manifestava sinais de fraqueza, poderia o casal ser forte o bastante para suportar uma responsabilidade que o acompanhará por toda uma vida? Ou se a pessoa com quem estamos nos relacionando não parece ser o homem ou a mulher ideal, que se esperava encontrar, poderia ser agora uma muleta somente para não se ficar sozinho(a)? Se entendemos que a nossa vida é composta de etapas, as quais vamos vencendo e aprendendo com cada uma delas, não podemos insistir na direção errada ao percebermos que as placas de nossa “estrada” indicam outra direção. Da mesma forma, se depois de algum tempo, percebemos que o namoro não corresponde com o que desejávamos, por que então insistir em “malhar em ferro frio”? Deixar de acreditar na sua própria capacidade de decisão e escolha é fechar as portas das oportunidades para a felicidade que se almejava alcançar. Que o Espírito Santo venha em auxílio de nossas fraquezas, e abrindo nossos olhos não corramos o risco de subestimar os toques d’Aquele que caminha conosco. José Eduardo Moura (Missionário da Comunidade Canção Nova, trabalhando atualmente na na Fundação João Paulo II no Portal Canção Nova.)
domingo, 5 de abril de 2009
sexta-feira, 3 de abril de 2009
O Papa na camisinha
Na parte de fora da embalagem, uma foto do papa Bento XVI com a inscrição: "Eu disse não!". Dentro dela, uma camisinha. Essa foi a forma irônica que os franceses encontraram para protestar contra a política conservadora do Vaticano em relação ao sexo. Na Itália, pesquisa do jornal La Repubblica constatou que 52% dos entrevistados desaprovam a posição contrária do papa à camisinha como método mais eficaz de prevenção da Aids. (REVISTA ISTOÉ)
Aids: a camisinha, a vacina e o Papa
As recentes declarações do Papa Bento XVI, em sua visita a países da África, terras onde a Aids prolifera, no meio da ignorância, da miséria e da falta de senso humanitário dos países privilegiados pela cultura, pela educação e pela civilização, inspiraram-me no que lhes pergunto e vocês refletirão:
1) Já se fez, com seriedade, um levantamento válido entre números de aidéticos que usam e não usam a camisinha?;
2) Até onde o critério da advertência "quem vê cara não vê Aids!", não tem um alto sentido mercadológico para vender milhões de camisinhas - olha que lucro!!! -, sem preservar o critério humano, ético, cultural e social que permite a homens e mulheres escolher parceiras e parceiros pelo amor, pela simpatia, pela confiança no trato, sem, apenas se usarem como objeto de prazer físico, de luxúria e friamente "garantido" pela camisinha?;
3) Quem me responde que os poros das camisinhas impedem - de fato!!! - a passagem do HIV, visto que este é centenas de vezes menor que o espermatozóide? Não sei de nenhuma tecnologia que "prove" que as camisinhas contra Aids são especialmente feitas com pertuitos de minimíssimos poros capazes de "segurar" o HIV - coisa tão inimaginável quanto alguém dizer que já descobriram, como os antibióticos, os desejados antiviróticos;
4) Todos sabemos que a desejadíssima e imunizante vacina contra a Aids é possível, como foi salvadora a da pólio, mas não entendemos porque "demora" tanto e não exista um pesquisador com o caráter humanista e civilizatório de um Albert Sabin: será que o lucro bucaneiro dos fabricantes de camisinhas e caríssimos "remédios" - que só postergam e aniquilam os aidéticos com outros males!!! - "impedem" que a ansiada vacina seja logo obtida?;
5) Como médico e farmacologista, eu acredito tanto na ciência, no que ela tem provado e descoberto, que lhes afirmo que desconfio mais da culpa e da força ambiciosa e argentária daqueles que lucram com a Aids presente do que na vitória do ideal de sinceros cientistas e pesquisadores humanistas cuja alegria será tornarem a Aids definitivamente ausente do futuro da humanidade;
6) Quanto ao Papa, creio que, desta vez, a ciência pura e a fé sincera nos destinos maiores dos seres humanos - pelo lucro, jamais!!! - poderão estar juntas contra os eternos vendedores do templo que usam a medicina, a ciência e a razão em função do único deus que amam e veneram: o vil metal.
Que a invectiva atitude papal não seja deturpada pelos midas que controlam as bolsas - hoje falidas - e traga, também, a pior falência que poderá atingir o homem: a falência moral e de caráter, que transforma o mundo numa imensa Sodoma moderna, dizimada, sem necessitar da fantasia de Camus, por essa peste avassaladora: a temida e mortal Aids - também lucrativíssima para certos diabólicos seres "humanos". (O GLOBO)
Na parte de fora da embalagem, uma foto do papa Bento XVI com a inscrição: "Eu disse não!". Dentro dela, uma camisinha. Essa foi a forma irônica que os franceses encontraram para protestar contra a política conservadora do Vaticano em relação ao sexo. Na Itália, pesquisa do jornal La Repubblica constatou que 52% dos entrevistados desaprovam a posição contrária do papa à camisinha como método mais eficaz de prevenção da Aids. (REVISTA ISTOÉ)
Aids: a camisinha, a vacina e o Papa
As recentes declarações do Papa Bento XVI, em sua visita a países da África, terras onde a Aids prolifera, no meio da ignorância, da miséria e da falta de senso humanitário dos países privilegiados pela cultura, pela educação e pela civilização, inspiraram-me no que lhes pergunto e vocês refletirão:
1) Já se fez, com seriedade, um levantamento válido entre números de aidéticos que usam e não usam a camisinha?;
2) Até onde o critério da advertência "quem vê cara não vê Aids!", não tem um alto sentido mercadológico para vender milhões de camisinhas - olha que lucro!!! -, sem preservar o critério humano, ético, cultural e social que permite a homens e mulheres escolher parceiras e parceiros pelo amor, pela simpatia, pela confiança no trato, sem, apenas se usarem como objeto de prazer físico, de luxúria e friamente "garantido" pela camisinha?;
3) Quem me responde que os poros das camisinhas impedem - de fato!!! - a passagem do HIV, visto que este é centenas de vezes menor que o espermatozóide? Não sei de nenhuma tecnologia que "prove" que as camisinhas contra Aids são especialmente feitas com pertuitos de minimíssimos poros capazes de "segurar" o HIV - coisa tão inimaginável quanto alguém dizer que já descobriram, como os antibióticos, os desejados antiviróticos;
4) Todos sabemos que a desejadíssima e imunizante vacina contra a Aids é possível, como foi salvadora a da pólio, mas não entendemos porque "demora" tanto e não exista um pesquisador com o caráter humanista e civilizatório de um Albert Sabin: será que o lucro bucaneiro dos fabricantes de camisinhas e caríssimos "remédios" - que só postergam e aniquilam os aidéticos com outros males!!! - "impedem" que a ansiada vacina seja logo obtida?;
5) Como médico e farmacologista, eu acredito tanto na ciência, no que ela tem provado e descoberto, que lhes afirmo que desconfio mais da culpa e da força ambiciosa e argentária daqueles que lucram com a Aids presente do que na vitória do ideal de sinceros cientistas e pesquisadores humanistas cuja alegria será tornarem a Aids definitivamente ausente do futuro da humanidade;
6) Quanto ao Papa, creio que, desta vez, a ciência pura e a fé sincera nos destinos maiores dos seres humanos - pelo lucro, jamais!!! - poderão estar juntas contra os eternos vendedores do templo que usam a medicina, a ciência e a razão em função do único deus que amam e veneram: o vil metal.
Que a invectiva atitude papal não seja deturpada pelos midas que controlam as bolsas - hoje falidas - e traga, também, a pior falência que poderá atingir o homem: a falência moral e de caráter, que transforma o mundo numa imensa Sodoma moderna, dizimada, sem necessitar da fantasia de Camus, por essa peste avassaladora: a temida e mortal Aids - também lucrativíssima para certos diabólicos seres "humanos". (O GLOBO)
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